Marisa Fonseca Diniz
Quando ouvimos falar em
geoprocessamento logo associamos a mapas, mas em uma definição mais ampla
constatamos que é o processo informatizado de dados georreferenciados. Isto é,
o geoprocessamento opera sobre os registros de ocorrência analisando suas
características e relações geotopológicas a fim de produzir as informações
geográficas dos lugares.
A utilização de programas de
computador permite que as informações coletadas pelo geoprocessamento sejam
transcritas cartográficamente, ou seja, em mapas, cartas topográficas e
plantas. Técnicas matemáticas e computacionais são utilizadas no tratamento das
informações geográficas influenciando diretamente nas áreas de cartografia,
análise de recursos naturais, energia, transportes, comunicações, planejamento
urbano e regional.
Durante toda a história da
civilização, o ser humano sempre se preocupou em registrar dados da natureza,
tais como, a fauna, flora, relevo, vegetação, rotas comerciais, entre outros
aspectos importantes. Com o desenvolvimento da informática e da tecnologia,
surgiu a possibilidade de criar bancos de dados que fossem capazes de armazenar
uma grande quantidade de informações sobre a geografia de um país ou região
específica.
O desenvolvimento fez com que
programas de computadores específicos em geoprocessamento fossem criados como o
Sistema de Informação Geográfica – SIG, ou Geographic Information Science –
GIS, em
inglês. Na concepção do geógrafo
Michael Goodchild, em 1992 o SIG é um instrumento que abre portas para a
construção de uma nova ciência.
A história do geoprocessamento
surgiu nos Estados Unidos na década de 50 com o intuito inicial de aperfeiçoar
a confecção e manutenção de mapas. A atividade era muito onerosa e a
informática ainda não estava tão desenvolvida, apenas a partir da década de 70
começou a ser empregado o conceito GIS. Com a fundação do National Centre for
Geographical Information and Analysis, NCGIA em 1989, o geoprocessamento foi
reconhecido como uma disciplina científica.
Os profissionais de
geoprocessamento têm forte conhecimento em geodésia e topografia que os
auxiliam no levantamento de dados característicos do local com base nos
aspectos físicos, humanos e técnicos que são auxiliados pela captação de
imagens através de satélites e de radar.
O geoprocessamento é utilizado em
várias áreas, não somente na confecção de mapas, sensoriamento ambiental e
agrimensura. Na construção civil, por exemplo, é utilizado para medição e
caracterização de terrenos, além de trabalharem em parceria com engenheiros
agrimensores e civis, ajudando a delimitar áreas ou lotes de pontos específicos
através de levantamentos dados fundamentais para o planejamento rural e
urbano para a instalação de parques industriais, condomínios ou obras de infraestrutura.
O geoprocessamento também está
presente no processo do licenciamento ambiental que é concedido na fase
preliminar do planejamento de empreendimentos e atividades que precisam desta
licença, tais como mineradoras que geram um grande impacto ambiental. As
informações cartográficas ilustram e especificam a localização do
empreendimento e o alcance dos seus impactos potenciais, que são
criteriosamente analisados por analistas ambientais dos órgãos licenciadores.
A relação do geoprocessamento com
a natureza é de grande utilidade para a conservação da biodiversidade. A coleta
de dados permite que estudos e análises mais detalhadas sejam desenvolvidos
para a identificação de áreas prioritárias na conservação e delimitação da
biodiversidade. O geoprocessamento permite o monitoramento da cobertura
vegetal, o uso da terra, níveis de erosão do solo, poluição das águas e ar, a
disposição irregular de resíduos, a qualidade do habitat e a sua devida
fragmentação.
O geoprocessamento é útil para a
definição de políticas e diretrizes na gestão governamental identificando as
áreas afetadas na degradação ambiental, estreitando assim, as relações
entre governos e cidadãos na questão ambiental.
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O trabalho Geoprocessamento e o meio ambiente de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/11/geoprocessamento-e-o-meio-ambiente.html.
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